Blackouts, incêndios, mortes, prejuízos… Basta chover e as más notícias aparecem. Fenômenos naturais que podem matar pessoas, causar incêndios e danificar aparelhos eletroeletrônicos, as descargas atmosféricas sempre foram um transtorno para a população. Campeão em incidência de raios, o Brasil é constantemente palco de histórias alarmantes. E os grandes centros urbanos são as principais áreas afetadas, já que estudos indicam que a poluição atmosférica e as ilhas de calor contribuem para a ocorrência de raios.

Uma descrição simplificada pode classificar um raio como um curto-circuito entre a nuvem e a terra, um fenômeno da natureza imprevisível e aleatório que ocorre quando a energia acumulada em uma nuvem atinge um valor crítico e rompe a rigidez dielétrica do ar. Felizmente estes eventos são estudados há muito tempo e as medidas de prevenção estão em um estágio bem avançado. A instalação do para-raio, tecnicamente chamado de Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), é o meio mais adequado de proteger uma edificação e as pessoas que estejam em seu interior.

Vale lembrar que para garantir a segurança e eficiência do sistema, o projeto deve ser elaborado segundo os preceitos da norma NBR 5419 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

Um raio não cai duas vezes em um mesmo lugar: Quantas vezes já ouvimos isso! Pois saiba que é uma grande bobagem!!! É comprovado que um raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar.

Outras crenças populares contribuem para que as pessoas tenham dúvidas sobre este assunto e continuem se arriscando. Uma das mais comuns é a de se achar que estamos protegidos pelo para-raios do vizinho. Grande erro.

Há uma confusão ainda maior. Muitos acreditam que os para-raios possam atrair os raios para suas edificações e, por medo, se recusam a instalá-los. Na realidade o para-raios é um caminho seguro para conduzir a energia gerada pelo raio à terra.

Mais uma dúvida comum. Os para-raios não protegem os equipamentos eletroeletrônicos. Para isso devem ser usados o aterramento elétrico (fio terra) e supressores de surto. Todo o sistema de aterramento deve ser equipotencializado.

  • Os condutores de descida são distribuídos ao longo do perímetro da edificação, de acordo com o nível de proteção, com preferência para as quinas principais.
  • Em edificações acima de 20 metros de altura, os condutores das descidas e dos anéis intermediários horizontais devem ter a mesma bitola dos condutores de captação, devido à presença de descargas laterais.
  • Para minimizar os danos estéticos nas fachadas e no nível dos terraços, pode-se utilizar condutores chatos de cobre.
  • A malha de aterramento deve ser com cabo de cobre nu de 50mm² e instalado na profundidade de 0,5m no solo, interligando todas as descidas.
  • Os eletrodos de aterramento tipo Copperweld devem ser de alta camada (254 mícrons). Os eletrodos de baixa camada não são permitidos.
  • As conexões enterradas devem ser preferencialmente com solda exotérmica. Se forem usados conectores de aperto, instala-se uma caixa de inspeção de solo para proteção e manutenção do conector.
  • As equalizações de potenciais devem ser executadas no nível do solo e a cada 20 metros de altura, onde são interligadas todas as malhas de aterramento, bem como todas as prumadas metálicas, além da própria estrutura da edificação.
  • As tubulações de gás com proteção catódica não podem ser vinculadas diretamente. Neste caso deve-se instalar um DPS tipo centelhador.

Veja o vídeo abaixo e comprove.

CATEGORIES:

Informativo

Tags:

No responses yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Latest Comments

Nenhum comentário para mostrar.
×