A invenção do para-raios e a biografia de Benjamin Franklin

Uma invenção do século XVIII, ainda é a melhor proteção contra os relâmpagos. O primitivo Para-raios era um aparelho muito simples: uma haste metálica sobre uma casa, era ligada a um fio condutor de eletricidade enterrado no chão. Esta haste é a primeira parte da construção a receber o relâmpago. Primeiro porque é de metal; segundo, por ter um fio condutor que leva a eletricidade para a terra e terceiro, por ser o ponto mais alto da casa. Só isso seria o suficiente para que o Para-raios fosse inventado; mas antes foi preciso descobrir que os raios são um fenômeno elétrico. Quem fez esta descoberta foi o cientista norte-americano Benjamin Franklin, em 1752.

Ao se iniciar uma tempestade, ele empinou uma pipa em direção às nuvens, desconfiando que elas estivessem carregadas de carga elétrica.

Com habilidade e muita sorte conseguiu provar que os relâmpagos eram pura eletricidade, ao verificar que uma parte das faíscas elétricas descia pelo fio da pipa.

Assim, acabava de ser inventado o Para-raios, que desde então, vem salvando muitas vidas e protegendo patrimônios.

Mas o nosso cientista Franklin teve realmente muitíssima sorte… se um raio de verdade – e não as pequenas cargas acumuladas na nuvens, antes de se transformarem em relâmpago – houvesse caído no fio da pipa ele não teria tido tempo sequer para perceber que havia inventado o Para-raios…

Algum tempo depois o físico russo Georg Richmann morreu eletrocutado ao tentar repetir a façanha.

No começo do século passado passaram a ser utilizados Para-raios que tinham na ponta da haste uma cápsula radioativa, feita de amerício, um elemento químico. Uma pequena fresta na cápsula permitia que a radiação escapasse, de forma a atrair os raios.

Por causa da radioatividade, este tipo de Para-raios está proibido no mundo inteiro, embora em São Paulo alguns edifícios ainda o utilizem, apesar de existir uma lei municipal que não permite mais o seu uso e prevê multas e outras punições para quem não efetuar a sua substituição.

Biografia de Benjamin Franklin:

Benjamin Franklin – Estadista, escritor, inventor, soldado, editor, filósofo e naturalista norte-americano

17/01/1706 – De origem humilde, de uma família numerosa de 17 irmãos, Benjamin Franklin nasce em Boston.

1716 – Nesse ano começou a trabalhar com o pai na fabricação de sabão.

1718 – Trabalhou como aprendiz na tipografia de seu irmão mais velho.

1723 – Após desentendimentos com seu irmão, migrou para Filadélfia, lá completou sua educação. Autodidata, aprende diversas línguas; interessou-se pelas letras e as ciências; suas atividades intelectuais abrangeram os mais variados ramos do conhecimento humano, das ciências naturais, educação e política às ciências humanas e artes.

1726 – Em Filadélfia trabalhou como impressor, aprendeu idiomas e a tocar vários instrumentos.

1727 – Franklin funda um clube de debates – Junto, onde procura aperfeiçoar seus dotes de persuasão oral.

1730 – É dono de uma oficina gráfica e do jornal The Pennsylvania Gazette (que seria mais tarde o Saturday Evening Post). O jornal dá prestígio e conforto à Franklin.

1732 – Franklin inicia a publicação do Poor Richard’s Almanacum, com o pseudônimo Richard Saunders, editou o almanaque que era mais uma coletânea de aforismos e provérbios populares.

1736-1751 – É funcionário da assembléia de Pensilvânia.

1737 – Estuda e escreve sobre terremotos.

1741 – Inventa um aparelho de aquecimento dos lares – “Franklin’s Stove”.

1743 – Franklin cria uma associação filosófica – American Philosophical Society / Desde esse ano se interessa pela eletricidade.

1748 – Franklin tinha grande sucesso, com isso, pôde montar tipografias em outras das 13 colônias americanas e acumulou grande fortuna. Bem sucedido homem de negócios decidiu retirar-se, mas concentra sua atividade em pesquisas científicas.

1750 – Propõe a construção de uma haste de ferro no alto de um prédio, para comprovar a ligação que existia entre o raio e a eletricidade.

1751 – Seu primeiro livro científico de sucesso foi Experiments and observations on electricity, de grande repercussão nas colônias e na Europa. Franklin cria um hospital.

1751-1764 – É membro da assembléia de Pensilvânia.

1752 – Aposentado dos negócios, passando a se dedicar integralmente a política e a pesquisa científica, descobriu, a natureza elétrica do raio e inventou o pára-raios. Criou a denominação de eletricidade positiva e negativa e outros termos técnicos que ainda hoje são usados, como bateria e condensador.

1754 – Representante da Pennsylvania no Congresso de Albany, formula um plano de união das colônias inglesas.

1757-1762 – Foi enviado à Grã-Bretanha para solucionar a disputa entre a assembléia da Pensilvânia e a coroa britânica.

1760 – Inventou os óculos bifocais.

1766-1775 – Volta a Londres como embaixador extraordinário das colônias, convence-se da impossibilidade de um entendimento amigável para a independência da colônia na América.

1776 – Designado delegado ao II Congresso Continental, fez parte, com Thomas Jefferson e Samuel Adams, do comitê que redigiu a declaração de independência.Vai à França, em busca de ajuda, e assinou o tratado de aliança entre os dois países; como plenipotenciário, é recebido como personalidade eminente. Desenvolve intensa atividade diplomática. Escreve artigos científicos.

1783 – Assinou o tratado de paz com a Grã-Bretanha.

1785 – De volta a Filadélfia, foi recebido como herói e eleito presidente da Pensilvânia. Foi um dos delegados da convenção que elaborou a constituição americana e tentou em vão abolir a escravatura.

17/04/1790 – Falecimento em Filadélfia.

1791 – Seu livro mais conhecido foi Autobiography, publicado postumamente.

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